«As ilustrações, carregadas de cor, abusando das variações cromáticas e com a benção dos lápis de cera, retratam na perfeição esse encontro com a morte, mas sobretudo a forma em como se escolhe a vida como destino final.»
Pedro Miguel Silva - Blogue Deus me Livro

sobre O Homem Que Carregava Pedras

«Oficialmente, este livro é do meu filho - mas vão demorar longos anos até que eu lhe deixe meter as mãozinhas sujas de mirtilos em cima. É que os livros em pop up têm tanto de assombroso como de frágil. Uma das raras (únicas?) experiências em pop up em português, o resultado é tão detalhado e espectacular que custa a crer que seja só mesmo papel dobrado com mestria.»
Susana Romana - Jornal Observador

17 livros para crianças que não vão dar seca aos pais
sobre O Homem Coração de Choupo

«Marco Taylor talvez seja um nome ainda pouco conhecido do grande público, mas já tem editado um trabalho muito significativo. Professor de Educação Visual e Educação Tecnológica é autor/ilustrador dos seus livros. Livros que não são lineares na mensagem a transmitir, mas que nos incitam a refletir sobre o significado da mensagem implícita.»
Elvira Cristina - Blogue Cócegas na Mente

«A obra de Marco Taylor, autor que nos visitará em breve, apresenta particularidades muito interessantes, distanciando-se, quer em termos de tema, quer de discurso, das tendências literárias mais conhecidas (ou tendência de mercado).

Questões como o Amor, o Nascimento e a Morte, o Silêncio, a Solidão, o Sonho, o Tempo, a Infância e a Velhice, os Ritmos da Vida e da Natureza... estão presentes no conjunto da obra de Marco Taylor. O protagonismo dado às pessoas, aliado a uma forte componente sensorial, e polvilhado por uma metafísica emergente, são aspetos que concorrem para uma imediata adesão aos livros do autor.

Por outro lado, a obra de Marco Taylor oferece-nos um breve circuito pelo universo do livro objeto. Enquanto nos perdemos na tridimensionalidade da floresta do pop-up O Homem coração de choupo, somos puxados pelas sombras chinesas das personagens que povoam A Árvore que paria meninos, para, logo de seguida, mergulharmos no mundo de A Muda dos Gatos, com uns óculos especiais, que nos conduzirão, por sua vez, às recordações do Rapaz que conheceu o Homem que carregava pedras, e ao seu "piloto", O Homem que carregava pedras. A rota completa-se com três inusitadas figuras, Rosinda, Timóteo e Abílio, uma trilogia sem palavras que é também um convite para uma intensa viagem ao interior de cada um de nós. É, assim, entre meninos que jogam à bola, médicos que arriscam transplantes estranhos, árvores-mãe e árvores-pai, videntes, jovens sonhadores... que acontecem estas histórias que se ligam pelo coração
Lúcia Barros - Blogue das Bibliotecas Escolares de António Feijó

«Há livros a que gosto de chamar de "pequenos tesouros", e este é sem dúvida um deles.»
Roberta Frontini - Blogue Flames

sobre O Homem que Carregava Pedras

«Marco Taylor é um autor discreto mas com produção regular. Os seus livros, criados em auto-edição, circulam menos do que seria desejável. A sua identidade pauta-se por uma ironia existencial que ora nos transporta para uma triste melancolia ora nos deixa com um sorriso nos lábios. Este volume, de formato vertical, apresenta-se tripartido logo na capa: três títulos, três cores de fundo, três escolhas para o leitor. No terço superior, "A História que acaba BEM" em fundo rosa; no terço intermédio, "A História que acaba ASSIM-ASSIM" a azul e finalmente, no lugar inferior como cabe ao inferno, "A História que acaba MAL". Abrindo o livro as folhas cumprem a mesma lógica, mas agora é o objecto que reforça a retórica da escolha. Os dois cortes horizontais permitem que as histórias de leiam de forma independente e logo o leitor percebe a ironia: no início de qualquer história não sabemos como acaba. Assim, a primeira história é o início e todos teremos de começar ali: "Início para As Histórias que acabam BEM, ASSIMASSIM E MAL". Não há como fugir: tal como previamente anunciado na contracapa será mesmo o leitor a decidir. E a curiosidade obrigará certamente a que seja confrontado com três desenvolvimentos e três finais distintos. A narrativa é visual, excepção feita para a instrução de mudança de história, para quem quiser saber como acaba assim-assim ou mal, e para alguns apontamentos de felicidade, esperança ou mera constatação dos acontecimentos. A intriga é simples e desenrola-se até certa altura como um road movie. Um rapaz e uma rapariga encontram-se num passeio de bicicleta. Gestos, iniciativas, um percurso bucólico com todos os símbolos e ações do enamoramento. Ou talvez não. Se mudarmos a meio. As cores das árvores são as mesmas, as personagens seguem até ao mesmo bebedouro, não deixam de reparar um no outro nem se afastam num primeiro momento. Sequer o que acontece na história que acaba assim-assim condiciona a história que acaba mal. É um álbum surpreendente pela desarmante simplicidade narrativa, pelas expectativas que cria e pelas dúvidas que suscita ao leitor e à sua ação de ler. Preferimos não conhecer as histórias de finais não felizes? Ou o melhor será saber primeiro tudo o que é mau, depois o que é assim-assim e finalmente o bom? Ainda, perante o desvendar dos vários desenlaces, terá o leitor a mesma avaliação para cada um? Interativo, seguramente. Mas, sobretudo, um precioso objeto estético e narrativo de leitura e sobre ela.»

Revista Blimunda 94 - Fundação José Saramago


Revista Blimunda 53 - Fundação José Saramago / revista Blimunda 61 - Fundação José Saramago